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Banco de Fomento Angola e Standard Bank devem ser privatizados até meados de 2025
Governo de Angola acredita no sucesso da operação, mas refere que o preço dos ativos só será definido quando se iniciar o processo de privatização.
11 Dez 2024 - 14:38
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Foto: Wikimedia
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As privatizações do Banco de Fomento Angola (BFA), detido em 48,1% pelo BPI, e do Standard Bank, através da venda de ações em bolsa, deve avançar até ao final do primeiro semestre de 2025, disse nesta quarta-feira o secretário de Estado para as Finanças e Tesouro de Angola. O mesmo deverá acontecer com a Unitel, da área das telecomunicações.
Ottoniel dos Santos, que falava aos jornalistas em Luanda, após a admissão das negociações da Bolsa de Divida e Valores (Bodiva), que alienou 30% do seu capital, afirmou que o sucesso desta operação indica que as próximas deverão ser também positivas.
O secretário de Estado saudou a entrada da Bodiva em bolsa, depois de o Estado vender uma participação de 30%, contando atualmente com mais 1.869 acionistas, considerando que a abertura para o mercado desta sociedade “é a janela para que outras oportunidades, mesmo fora dos programas de privatizações, possam acontecer”.
“Estamos a falar de empresas puramente do setor privado, que acreditem no mercado como uma forma de financiar os seus projetos, e que possam, efetivamente, obter o capital necessário para continuar a operar e a prosperar na nossa economia”, complementou.
Adiantou que a reação do mercado ficou muito acima do esperado com a procura a ficar quase oito vezes acima da oferta, o que considerou um sinal de que o mercado já percebe que este ativo tem capacidade de gerar receitas e que poderá ajudar a criar condições para que outros ativos possam entrar e terem a mesma procura.
Quanto à entrada dos três pesos pesados angolanos: Unitel, BFA e Standard Bank, referiu: “Nós temos em carteira a conclusão do projeto de privatização de empresas via mercado de capitais. Temos ainda no nosso portfólio três grandes ativos para privatizar em Bolsa (…) Acreditamos que, com o resultado da Bodiva, essas vendas, pela sua capilaridade, conhecimento e também atratividade, poderão ser também um sucesso bastante positivo”, disse.
Sobre o preço a que serão vendidos os ativos que fazem parte do programa de privatizações, sublinhou que “é apurado de acordo com valores determinísticos que resultam exatamente daquilo que é a sua operação” e quando chegar a hora de iniciar o processo de privatização destes ativos este preço será definido.
Fundado em 1993, o BFA é um dos maiores bancos em Angola, com uma vasta rede de agências e uma carteira diversificada de clientes, incluindo clientes privados, pequenas e médias empresas (PME), e grandes corporações. O banco é parcialmente controlado pelo Banco BPI, que detém 48,1% das ações, sendo que o restante é controlado pelo Grupo Unitel (51,9%). O BFA foi o Banco do Ano 2024 em Angola, segundo a revista The Banker.
O Standard Bank Angola integra o Standard Bank Group e é, segundo a própria instituição, o maior banco no continente africano em ativos, acumulando 160 anos de experiência. A atividade em Angola iniciou-se em 2010.
SSD com LUSA
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