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BIS avança para a próxima geração do sistema monetário com ‘tokenização’ de ativos essenciais
O Banco de Compensações Internacionais deixa as “stablecoins” de fora por representarem “um risco” para a estabilidade financeira e a soberania monetária.
26 Jun 2025 - 11:06
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Foto: Freepik
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O Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) revelou uma nova proposta para o sistema monetário global, centrada na ‘tokenização’ de ativos essenciais, nomeadamente reservas bancárias centrais, depósitos comerciais e obrigações do Estado, num “livro-razão unificado”.
“A tokenização pode aumentar a eficiência e abrir novas possibilidades nos pagamentos transfronteiriços, nos mercados de valores mobiliários e noutros domínios, mantendo simultaneamente os princípios fundamentais de uma moeda sólida: unicidade, elasticidade e integridade”, refere o BIS em comunicado.
No que respeita às ‘stablecoins’, o BIS sublinha que como forma de moeda sólida “ficam aquém” e, sem regulamentação, “representam um risco para a estabilidade financeira e a soberania monetária”.
O Bis destaca que estes ativos digitais poderão “eventualmente” desempenhar um papel subsidiário no interior do sistema financeiro, se forem adequadamente regulamentadas. Porém, “não oferecem unicidade da moeda (aceitação para pagamento pelo valor nominal), elasticidade (cumprimento oportuno das obrigações, evitando congestionamentos) e integridade (proteção contra crimes financeiros)”. Por isso, para o BIS, o papel futuro das ‘stablecoins’ ainda “é incerto”.
Assim, um livro-razão “unificado tokenizado” que incorpore moeda do banco central, depósitos bancários comerciais e títulos do governo estabelecerá as bases de um sistema monetário e financeiro’ tokenizado’ baseado nos princípios comprovados de moeda sólida, defende o BIS, que apela aos bancos centrais e às autoridades públicas para que preparem o caminho para esta próxima fase.
A instituição explica que a ‘tokenização’, ou seja, a representação digital de ativos em plataformas programáveis, integra mensagens, reconciliação e liquidação numa única operação contínua e pode transformar os pagamentos transfronteiriços e os mercados de títulos, inaugurando uma nova era para o sistema financeiro.
“A tokenização de depósitos e dinheiro do banco central significa que tanto os principais meios de pagamento como a função de liquidação do dinheiro do banco central podem ser integrados de forma integrada na mesma plataforma programável. Tem o potencial de transformar os mercados de títulos e a sua aplicação à banca correspondente é especialmente promissora”, explica no comunicado.
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