O banco norte-americano Goldman Sachs subiu o salário do seu CEO, David Solomon, para cerca de 37,97 milhões de euros, segundo a Agência Reuters, que cita um documento sobre o assunto. A par do aumento salarial, o Conselho de Administração aprovou também um bónus de retenção de cerca de 77,88 milhões de euros em ações, que indica mais cinco anos de Solomon à frente da empresa.

Também o COO e presidente da empresa, John Waldron, teve direito a um bónus de retenção no mesmo valor em ações restritas que são adquiridas em cinco anos. A Reuters relembra que a sucessão é um foco em Wall Street entre os maiores bancos dos EUA. O ‘spokesman’ do Goldman Sachs, Tony Fratto, reforçou que “a empresa está com um forte desempenho e o Conselho de Administração está determinado em manter o ímpeto, assegurar estabilidade e manter um plano de sucessão sólido em andamento”.

Fratto acrescentou que a instituição está a melhorar as compensações, de forma a atrair e reter o melhor talento “numa altura em que a competição pelo talento do Goldman Sachs está aguerrida”, especialmente da parte de gestores de ativos e outros “não-bancos”, sublinha.

Solomon está na liderança do Goldman Sachs desde 2018 e já afirmou que vai continuar na dianteira da instituição enquanto o Conselho de Administração assim o entender. “Tenho um ótimo emprego e vou ser o CEO enquanto o conselho quiser que eu seja”, revelou na conferência Reuters Next, em dezembro, recorda a agência. O salário do CEO do banco norte-americano era 30,18 milhões de euros em 2023. Em 2024, o salário base estava nos 1,95 milhões, com um bónus de 8,08 milhões em dinheiro e o restante em ações e ainda um novo tipo de incentivo.

O Goldman Sachs anunciou nesta quarta-feira o seu resultado do último trimestre de 2024 e do ano em geral. Atingiu o melhor lucro trimestral em mais de três anos, com um resultado líquido de 4 mil milhões no trimestre.