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Citigroup colocou 81 biliões de dólares na conta de um cliente por engano
O Citigroup transferiu acidentalmente o valor quando pretendia apenas 280 dólares. O erro aconteceu em abril, revertido rapidamente. O banco enfrenta desafios em automatizar processos, com várias falhas nos últimos anos.
28 Fev 2025 - 14:05
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O banco norte-americano Citigroup transferiu erradamente 81 biliões de dólares (cerca de 77,3 biliões de euros) para a conta de um cliente. O valor pretendido era de 280 dólares (267,25 euros), segundo o Financial Times (FT), que explica que o movimento foi revertido horas depois de acontecer.
A operação aconteceu em abril passado, mas só agora veio a público. O FT teve acesso a um documento sobre o sucedido, bem como duas outras fontes citadas pelo jornal britânico. O Financial Times recorda que o Citigroup se encontra num processo de demonstrar aos reguladores que já corrigiu problemas operacionais internos pelos quais foi multado no passado.
O movimento passou tanto por um colaborador da área dos pagamentos como por um segundo oficial responsável por confirmar a transação antes de ser aprovada e processada no dia seguinte. À terceira foi de vez e um trabalhador encontrou um problema com o balanço do banco, detetando o pagamento 90 minutos depois de ser concretizado. O erro deu-se pelo bloqueio da transferência inicial e que teve de ser feita manualmente pelo funcionário da área dos pagamentos num programa raramente usado e que tem uma particularidade: o campo vem previamente preenchido com 15 zeros, que o trabalhador em questão não apagou.
O banco informou a Reserva Federal e o Gabinete do Controlador da Moeda, segundo outra fonte citada pelo FT. O banco afirmou que os seus mecanismos de controlo identificaram o erro e reverteram o mesmo. Acrescenta ainda que esses mesmos mecanismos iriam “impedir que quaisquer fundos deixassem o banco”. No seguimento do incidente, o Citigroup nota que, ainda que “não tenha havido impacto para o banco ou para o cliente, o episódio realça os esforços [do banco] para continuar a eliminar processos manuais e automatizar os controlos”.
Ainda que o banco não tenha comentado mais sobre o assunto, o FT revela ter tido acesso a um documento sobre erros desta índole no banco – transferências de valores errados, mas que o banco corrige e não perde fundos. Houve um total de dez falhas do género em 2024 superiores a mil milhões de dólares. No ano anterior, tinham sido 13.
Recorde-se que o Citigroup foi multado por erros relacionados com controlo de risco e gestão de dados, fruto de uma transferência errada de 900 milhões de dólares (cerca de 859 milhões de euros) há cinco anos para credores que estavam numa batalha contenciosa com o Grupo Revlon. O erro resultou não apenas na multa como também na saída do então CEO, Michael Corbat, que foi substituído pela atual líder da empresa, Jane Fraser.
Apesar de a sucessora ter assumido a correção destes problemas como uma prioridade, o banco foi multado de novo no ano passado em 136 milhões de dólares (cerca de 129,8 milhões de euros) por não terem ainda corrigido por completo o problema.
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