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DBRS prevê rendibilidade da banca portuguesa em máximos históricos
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A solidez financeira dos bancos mantém-se, mas espera-se financiamento mais restritivo face à tendência da última década. Condições favoráveis da economia portuguesa têm prevenido o aumento dos ativos problemáticos.
18 Nov 2024 - 16:34
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A agência de ‘rating’ Morningstar DBRS anunciou esta segunda-feira, em comunicado, que prevê o ano de 2024 com novos máximos para a rendibilidade da banca portuguesa. A agência realça ainda o avanço nas receitas dos bancos e a redução de provisões e imparidades desde o ano passado.
Também em destaque aparece a estabilização do crescimento dessas mesmas receitas, em grande parte devido à redução prevista das taxas de juro. No entanto, antecipa que os valores se mantenham estruturalmente altos apesar dessa descida.
De acordo com a Morningstar DBRS, os bancos portugueses têm uma qualidade de ativos sólida apesar do declínio das taxas de juro. Para isto tem contribuído a redução de carteiras de crédito malparado, que, nas instituições bancárias portuguesas, baixou de 8,7% em setembro de 2019 para 2,6% em setembro de 2024. Mais ainda, “os lucros saudáveis dos anos recentes e geração interna de capital têm mantido os rácios de capital dos bancos fortes”, informa. A par disto, as instituições bancárias portuguesas registam um rácio de eficiência (‘cost-to-income’) de 32,6%, à data de setembro de 2024, o que está favoravelmente abaixo da média europeia.
Os seis maiores bancos portugueses alcançaram um lucro conjunto superior a quatro mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, que representa, de acordo com o comunicado, um crescimento de 23% face ao período homólogo e um aumento de 285% desde setembro de 2021. Segundo a agência de ‘ratings’, os custos dos depósitos, as taxas de juro e os volumes de crédito devem continuar a impulsionar estes resultados até ao final deste ano e ainda durante o próximo.
A Morningstar DBRS aponta também para as condições favoráveis da economia portuguesa para a manutenção da solidez financeira das entidades bancárias. A expansão da economia de Portugal em 2,5% no ano passado, o crescimento de 1,9% do PIB no terceiro trimestre e a baixa taxa de desemprego, bem como o crescimento real dos salários são todas características que estão a prevenir o “aumento dos ativos problemáticos quando o sistema foi confrontado com o aumento dos preços e das taxas de juro”.
Apesar de todas estas condições favoráveis, há uma previsão da agência para que condições de financiamento continuem mais restritivas face à tendência da última década, algo que pode colocar mais “pressão financeira sobre as famílias e empresas portuguesas”.
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