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Número de fintech em África quase triplica em 2024
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O financiamento digital está a expandir-se muito mais rapidamente do que a banca tradicional no continente africano, refere o Banco Europeu de Investimento.
07 Nov 2024 - 13:01
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Foto: Pexels/Ivan Samkov
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Foto: Pexels/Ivan Samkov
O número de empresas fintech em África quase triplicou desde 2020, melhorando o acesso ao financiamento por parte de pessoas e empresas em todo o continente, de acordo com um novo relatório do Banco Europeu de Investimento (BEI), publicado nesta quinta-feira.
“As tecnologias financeiras estão a revolucionar a forma como pensamos o financiamento em África”, afirma Thomas Östros, vice-presidente do BEI. “Tirando partido da tecnologia, podemos melhorar o acesso ao financiamento para milhões de pessoas e promover o crescimento económico sustentável”, acresenta em comunicado.
O setor das fintech em África está a prosperar à medida que o financiamento digital se expande muito mais rapidamente do que a banca tradicional. O número de empresas africanas que oferecem novos produtos e serviços na área das finanças saltou para 1.263 no início de 2024, de 450 em 2020, salienta o relatório Finance in Africa 2024.
No entanto, os obstáculos ao financiamento continuam a ser uma restrição significativa ao desenvolvimento económico, com o crédito do setor privado a cair de 56% do produto interno bruto em 2007 para 36% em 2022. Este declínio dificulta o crescimento dos ativos económicos produtivos, impedindo a industrialização no continente, explica o BEI.
A análise mostra que, entre os bancos da África Subsariana, 77 % dos inquiridos afirmam que as condições económicas atuais são a sua principal preocupação, seguidas da qualidade dos ativos (53% dos bancos). As preocupações com o financiamento também persistem, com cerca de um terço dos bancos a referir a falta de capital e o custo ou disponibilidade de financiamento como um problema.
“Embora se registem alguns sinais de melhoria, o elevado custo do financiamento continua a ser uma fonte de preocupação”, afirma Debora Revoltella, economista-chefe do BEI. “À medida que enfrentamos os desafios duplos das alterações climáticas e da transformação digital, o papel dos empréstimos dos bancos multilaterais de desenvolvimento torna-se ainda mais relevante no apoio ao crescimento sustentável no continente”, acrescenta.
África exposta aos riscos climáticos
O relatório também analisa as perceções climáticas dos bancos africanos. Com base nas classificações de risco climático do BEI, África é uma das regiões do mundo mais expostas aos riscos físicos decorrentes das alterações climáticas. 34% dos bancos inquiridos relatam uma deterioração da qualidade dos ativos devido a fenómenos meteorológicos extremos e identificam as PME como os mutuários mais afetados.
Ao mesmo tempo, nove em cada 10 bancos poderão em breve ter uma estratégia de género, uma vez que continuam a registar melhores desempenhos em termos de empréstimos entre as empresas lideradas por mulheres.
Cerca de 70% dos bancos registam taxas mais baixas de crédito malparado para estas empresas. O relatório mostra a vantagem de conceder empréstimos a mulheres e 17% dos bancos africanos planeiam introduzir uma estratégia específica de género nas suas operações. SSD
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