O setor não financeiro viu a sua dívida subir mil milhões de euros no mês de novembro, totalizando 811,5 mil milhões. Deste bolo, 453,4 mil milhões de euros dizem respeito ao setor privado e 358 mil milhões pertencem ao setor público, segundo os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

Em termos de variação homóloga, o endividamento dos particulares cresceu 3,2%. Este valor supera o de outubro – 2,8% – e mantém a tendência dos últimos 13 meses, sublinha o BdP. Para encontrar uma taxa de variação tão elevada é preciso recuar a novembro de 2022, altura em que se registou um aumento de 3,34%. Por sua vez, as empresas tiveram um incremento de 0,6% da sua dívida em relação ao mesmo mês de 2023. Contrariamente aos particulares, isto representa uma quebra face a outubro, mês em que a variação atingiu 1,1%, valor que não era alcançado desde março de 2023.

O setor público endividou-se em mais 700 milhões de euros face ao mês anterior. Para isto contribuiu o aumento da dívida das administrações públicas em 1,2 mil milhões de euros e também junto do exterior em 300 milhões. Por outro lado, o endividamento junto do setor financeiro teve uma queda de 900 milhões de euros, devido ao reduzido investimento dos bancos em títulos de dívida pública.

Do lado do setor privado, o endividamento cresceu 300 milhões de euros, com os particulares a subirem 600 milhões, maioritariamente em crédito à habitação junto dos bancos. No sentido oposto, as empresas apresentaram uma diminuição de 300 milhões, na qual se reflete sobretudo uma redução perante o exterior de 700 milhões de euros, compensada, em parte, por um aumento junto do setor financeiro, explica o regulador.