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Vítor Bento: “O sistema bancário português está à altura dos desafios”

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O presidente da Associação Portuguesa de Bancos aponta a regulação, o ESG e a transformação digital como os grandes desafios que o setor bancário tem de enfrentar em 2025.

22 Jan 2025 - 13:38

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Vítor Bento, presidente da Associação Portuguesa de Bancos | Foto: André Nobre

Vítor Bento, presidente da Associação Portuguesa de Bancos | Foto: André Nobre

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) considera que o setor bancário tem alguns desafios complexos para enfrentar em 2025, nomeadamente nos campos da regulação, da sustentabilidade e pelas vias da transformação digital e da necessária resiliência operacional.

Num artigo publicado, esta quarta-feira, na página de LinkedIn da APB, Vítor Bento salientou, no entanto, que “a complexidade destes desafios não deixará, também, de constituir uma oportunidade de desenvolvimento das instituições e um estímulo à inovação tecnológica”.

Considerando que “os desafios são grandes”, sublinhou as oportunidades o são e que “o sistema bancário português está à altura dos desafios e será capaz de se continuar a adaptar, contribuindo para o progresso económico e social”.

O presidente da APB destaca as recentes alterações ao Regulamento de Requisitos de Capital (CRR3), que introduzem na Europa as reformas finais de Basileia III, como um desafio. Assim como a transposição das alterações introduzidas à CRD (VI) para o direito nacional. “Umas e outras, implicam um conjunto de exigências, cuja necessidade e proporcionalidade têm sido questionadas, face à estabilidade do sistema neste momento”, salientou, recordando, por outro lado, que se os EUA não implementarem as reformas finais de Basileia III como se perspetiva, com a nova administração de Trump, e a Europa o fizer, tal “resultará em mais uma desvantagem competitiva da banca europeia”.

Vítor bento elenca ainda um conjunto mais amplo de requisitos e desafios regulatórios a que os bancos terão de se adaptar.

Na agenda das instituições continuará a adoção de medidas internas que incorporem critérios ambientais, sociais e de governação (ESG, na sigla em inglês). Mas Vítor Bento destaca que os bancos têm neste caso “uma dupla responsabilidade”, pois deverão também “apoiar as empresas neste caminho”. Neste campo, sublinha ainda que a falta de dados sobre a exposição aos riscos ambientais das empresas “é um dos desafios com que os bancos se confrontam para melhor cumprir a sua missão neste campo”.

A acelerada transformação digital é incontestável, sobretudo com o desenvolvimento da inteligência artificial. “A implementação do AI Act em 2025 será um passo decisivo para enquadrar legalmente estas inovações, assegurando que a evolução tecnológica no setor financeiro seja tanto segura quanto benéfica. Este enquadramento deve promover a inovação, mantendo simultaneamente uma base de confiança sólida entre clientes e bancos”, defende.

Vitor Bento assinala ainda a implementação do Regulamento DORA (Digital Operational Resilience Act) como um desafio que visa dotar os bancos de maior resiliência contra riscos, nomeadamente ciberataques. “A segurança cibernética e a resiliência operacional não são apenas áreas técnicas de Tecnologias de Informação. São, antes, questões críticas de governo societário que exigem uma atenção constante e investimentos contínuos”, conclui.

 

 

 

 

 

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