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Ações do MPS continuam em queda um dia antes da administração do Mediobanca reunir

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Administração do Mediobanca convoca reunião para discutir a oferta de 13,3 mil milhões de euros do MPS. O governo italiano apoia a compra, que considera positiva para a economia.

27 Jan 2025 - 11:15

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Foto: Wikimedia

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O Conselho de Administração do Mediobanca reúne nesta terça-feira de emergência para discutir a oferta pública de aquisição do Monte dei Paschi di Siena (MPS) lançada na passada sexta-feira sobre o banco de investimento, segundo fonte próxima do assunto, citada pela Agência Reuters. As ações do MPS continuam a sofrer perdas nesta segunda-feira, aumentando a desvalorização começada na sexta-feira.

Na sexta-feira, o MPS lançou uma oferta de 13,3 mil milhões de euros pelo Mediobanca. O banco toscano propõe 2,3 ações próprias por cada ação do banco visado, o que representava um prémio de cerca de 5% à luz dos valores de quinta-feira. No entanto, as ações do MPS caíram 7% na sexta-feira e já desvalorizaram mais 1,5% neste início de semana. Por outro lado, as ações do Mediobanca viram o seu valor crescer 7,7% no final da semana passada.

De acordo com uma nota enviada aos colaboradores no sábado – a que a Agência Reuters teve acesso – o CEO do Mediobanca, Alberto Nagel, nega que a oferta do MPS tenha sido concordada e que o Conselho de Administração ia “expressar as suas opiniões, com o objetivo de proteger os interesses de todos os ‘stakeholders’, especialmente os trabalhadores”.

Governo italiano apoia a operação

O governo de Itália, liderado pelo partido de extrema-direita Frateli d’Italia de Giorgia Meloni, já se mostrou recetivo a esta aquisição. Meloni, segundo a Reuters, destacou, no domingo, que a concretização desta compra vai resultar no terceiro maior grupo bancário, o que “pode ajudar a proteger as poupanças dos italianos”.

O ministro da Economia, Giancarlo Giorgetti, nota que esta iniciativa por parte do banco mais antigo do mundo foi “totalmente transparente e tem em conta os interesses da economia italiana”. Giorgetti, citado pela Reuters, deixou elogios à administração do MPS pelos resultados “excelentes” e refere que agora “compete ao mercado” dar o seu veredito sobre a proposta. Visão esta que vai ao encontro da do ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, que sublinha que qualquer iniciativa com vista a fortalecer o sistema bancário italiano é bem-vinda.

O CEO do banco toscano, Luigi Lavoglio, revelou na sexta-feira que já em 2022 reuniu com o ministro da Economia para discutir estratégias futuras, entre as quais estava esta que agora surgiu.

O Estado italiano, que resgatou o banco em 2017, tem vindo a reduzir o seu peso no capital da empresa, detendo atualmente 11,7%, face aos 68% que chegou a possuir. Antonio Tajani reforçou que a privatização total do banco é importante e Giorgetti acrescentou que “o Estado não deve ser um banqueiro”.

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