
2 min leitura
CEO de bancos americanos reuniram-se para discutir impacto das tarifas de Trump
Reunião à porta fechada terá acontecido no passado domingo. Banqueiros alertam para risco de desaceleração económica e aumento da inflação.
08 Abr 2025 - 09:16
2 min leitura

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase | Foto: JPMC
Mais recentes
- Novo crédito ao consumo sobe 12,9% em março para 777 milhões
- Supervisores testam ‘tokenização’ nas operações dos bancos centrais
- Millennium BIM Moçambique reforça reservas e não distribui dividendos de 2024
- Microfinanças em Cabo Verde dominadas pelo crédito a mulheres e comércio
- Agenda da semana: o que não pode perder na banca e sistema financeiro
- Receitas dos maiores bancos da EMEA sobem em 2024 e eficiência e gestão de risco são chave para enfrentar 2025

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase | Foto: JPMC
O sentimento de preocupação com a queda dos mercados e impacto das tarifas impostas por Donald Trump na economia e no setor bancário levou a que alguns presidentes-executivos de bancos dos EUA se tivessem reunido, à porta fechada, no passado domingo.
Segundo a cadeia televisiva Sky News, dirigentes do Bank of America, Barclays, HSBC Holdings e do Citi discutiram as consequências das tarifas comerciais impostas pelo presidente dos EUA numa reunião convocada pelo Bank Policy Institute, um grupo apartidário de defesa de políticas públicas que representa os principais bancos nos EUA.
Brian Moynihan, do BoA, CS Venkatakrishnan do Barclays, Georges Elhedery, do HSBC, e Jamie Dimon, do JPMorgan Chase, terão participado na reunião, de acordo a Sky News. Posteriormente, Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, veio a público alertar que as tarifas podem desacelerar o crescimento económico dos EUA e aumentar a inflação, afetando negativamente a economia nacional e internacional.
Na sua carta anual aos acionistas, publicada nesta segunda-feira, o CEO refere que “há muitas incertezas em torno da nova política de tarifas: as potenciais ações de retaliação, incluindo sobre os serviços, por parte de outros países, o efeito sobre a confiança, o impacto sobre os investimentos e os fluxos de capitais, o efeito sobre os lucros das empresas e o possível efeito sobre o dólar americano”.
Bancos apontam risco de recessão
Desde que Trump anunciou o seu plano tarifário, os principais bancos de investimento aumentaram as previsões para o risco de recessão nos EUA.
O banco de investimento Goldman Sachs subiu a probabilidade de uma recessão nos Estados Unidos de 35% para 45%, nesta segunda-feira, devido aos receios sobre o impacto das tarifas globais apresentadas pelo presidente norte-americano na semana passada.
Numa nota intitulada “Contagem decrescente para a recessão” foi revista a previsão, após “um forte aperto das condições financeiras, um boicote por parte dos consumidores estrangeiros e um aumento contínuo da incerteza política”.
As contas do JPMorgan colocam essa probabilidade em 60%, o S&P Global em 30-35% e o HSBC em 40%.
Mais recentes
- Novo crédito ao consumo sobe 12,9% em março para 777 milhões
- Supervisores testam ‘tokenização’ nas operações dos bancos centrais
- Millennium BIM Moçambique reforça reservas e não distribui dividendos de 2024
- Microfinanças em Cabo Verde dominadas pelo crédito a mulheres e comércio
- Agenda da semana: o que não pode perder na banca e sistema financeiro
- Receitas dos maiores bancos da EMEA sobem em 2024 e eficiência e gestão de risco são chave para enfrentar 2025