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Goldman Sachs abandona coligação climática global para os bancos

O banco de investimento norte-americano deixa a Net-Zero Banking Alliance, a iniciativa setorial das Nações Unidas para ajudar a descarbonizar a economia global.

10 Dez 2024 - 09:58

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Foto: Pexels

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A Goldman Sachs anunciou que abandonou a coligação setorial que visa alinhar os empréstimos bancários e as atividades de investimento com os esforços globais para combater as alterações climáticas, tornando-se o membro mais destacado a abandonar o grupo.

A Goldman Sachs não deu nenhuma razão explícita para a sua saída da Net-Zero Banking Alliance (NZBA), mas concentrou-se na sua estratégia para o futuro e num impulso crescente dos reguladores para tornar obrigatórios os esforços de sustentabilidade, informa a Reuters.

“Temos a capacidade de atingir os nossos objetivos e de apoiar os objetivos de sustentabilidade dos nossos clientes. A Goldman Sachs também está muito focada nos padrões de sustentabilidade cada vez mais elevados e nos requisitos de relatórios impostos pelos reguladores em todo o mundo”, afirmou num comunicado ao qual a Reuters teve acesso.

A decisão do banco de investimento norte-americano surge num contexto de pressão por parte de alguns políticos republicanos que sugeriram que a adesão à NZBA poderia violar as regras de concorrência. Ou seja, a preocupação principal é que, ao aderir a compromissos climáticos coordenados, os bancos possam acabar por agir de forma conjunta para limitar o financiamento a setores específicos, assentes em combustíveis fósseis, prejudicando empresas desses setores.

Embora ainda não seja claro o que acontecerá às regras dos EUA em relação às divulgações de empresas em matérias relacionadas com o clima, sob a presidência de Donald Trump, muitas grandes empresas dos EUA, incluindo a Goldman Sachs, terão de divulgar essas informações ao abrigo das regras da União Europeia.

Os bancos que aderem à NZBA concordam em alinhar-se com o objetivo mundial de atingir emissões líquidas zero até 2050, estabelecer metas para chegar lá e publicar o progresso dos seus esforços todos os anos, algo que a Goldman Sachs disse que continuaria a fazer.

Um porta-voz da NZBA, contactado pela Reuters, não quis fazer comentários acerca da saída da Goldman Sachs  da aliança climática.

Recorde-se que investidores, incluindo a BlackRock, estão atualmente a ser processados pelo Estado do Texas e por 10 outros Estados liderados pelos republicanos por alegadas violações da lei da concorrência, precisamente por empreenderem estratégias que levem à redução das emissões de gases com efeito de estufa na sua carteira de clientes.

 

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