Subscrever Newsletter - Mantenha-se atualizado nas questões económicas mais urgentes da atualidade.

Subscrever Newsletter

Mantenha-se atualizado nas questões económicas mais urgentes da atualidade.

Submeter

Ao subscrever aceito a Política de Privacidade

3 min leitura

Klarna multada em 44 milhões de euros e repreendida pelo regulador sueco

Autor

A fintech sueca apresentou deficiências em procedimentos de combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Autoridades internacionais atentas ao modelo de pagamento emergente “compre agora, pague depois”.

11 Dez 2024 - 12:15

3 min leitura

A empresa de pagamentos online Klarna foi multada em 500 milhões de coroas suecas (cerca de 44 milhões de euros) e repreendida pelo regulador financeiro da Suécia, por violar as regras de combate ao branqueamento de capitais.

Segundo um comunicado divulgado nesta quarta-feira pela Finans Inspektionen (FI), a fintech pioneira do modelo de pagamento “compre agora, pague depois” mostrou “deficiências significativas” numa investigação de conformidade da Klarna com os regulamentos de combate à lavagem de dinheiro, incluindo os requisitos de avaliação geral de risco e procedimentos e diretrizes de ‘due diligence’ (dever de diligência) do cliente, levada a cabo entre abril de 2021 a março de 2022.

“A investigação mostra que a Klarna violou várias regras importantes. A avaliação geral de risco da Klarna teve deficiências significativas. Por exemplo, não continha nenhuma avaliação de como os produtos e serviços do banco poderiam ser usados ​​para lavagem de dinheiro ou financiamento do terrorismo”, explica a FI em comunicado.

Além disso, “o banco não tinha procedimentos e diretrizes que capturassem todas as situações em medidas de due diligence devem ser tomadas”, acrescenta a autoridade sueca.

Dadas as violações em questão e a posição financeira da empresa, a FI decidiu emitir à fintech uma observação e uma multa administrativa.

“Os regulamentos antilavagem de dinheiro devem ser seguidos. É importante neutralizar o risco de que as operações da empresa possam ser usadas por criminosos. A nossa investigação mostra que a Klarna não seguiu os requisitos, entre outras coisas, de uma avaliação geral de risco e procedimentos e diretrizes para medidas de due diligence. Portanto, há motivos para intervir contra o banco”, sublinha Daniel Barr, diretor-geral da FI.

Na mira das autoridades

Recorde-se que a Klarna anunciou recentemente um aumento de 57% de lucro em relação ao ano anterior. E recentemente avançou com um pedido para entrar na bolsa de Nova Iorque. Avaliada em 13,8 mil milhões de euros, a empresa permite compras online em várias prestações, sem taxas, entre 35 e 1000 euros. A fintech sueca aguarda agora resposta do regulador norte-americano.

Porém, segundo assinala o Financial Times nesta quarta-feira, a Klarna tem estado sob a mira das autoridades reguladoras de todo o mundo, que estão a examinar cada vez mais o setor emergente “compre agora, pague depois”. A Klarna já foi censurada anteriormente pela forma como lida com os riscos de crédito e a cobrança de dívidas.

Segundo o mesmo jornal, o Consumer Financial Protection Bureau dos Estados Unidos defende que o sistema “compre agora, pague depois” deve ser regulado como os cartões de crédito, enquanto que o governo trabalhista do Reino Unido lançou planos para o regular como crédito ao consumo.

 

 

Subscrever Newsletter

Mantenha-se atualizado nas questões económicas mais urgentes da atualidade.

Ao subscrever aceito a Política de Privacidade