
3 min leitura
Reserva Federal prepara-se para aligeirar regras de capital para bancos americanos
Alterações visam adaptar-se às condições de mercado e melhorar a intermediação financeira. Vice-presidente da Reserva Federal alerta para a importância de capital robusto face a choques.
23 Jun 2025 - 17:23
3 min leitura

Foto: Federalreservehistory
Mais recentes
- Supervisor financeiro alemão aposta na inovação com olhos na computação quântica
- Bloco apresenta projeto de lei para reforçar proteção de aforradores e investidores não qualificados
- Philip R. Lane reconhece potencial para utilização de ‘stablecoins’ nos pagamentos transfronteiriços
- CaixaBank desenvolve agente de IA para ajudar clientes a explorar produtos na app
- José Matos Passos na mesa da Assembleia Geral da Caixa Geral de Depósitos
- Trump chama “bébé” ao presidente da Reserva Federal

Foto: Federalreservehistory
A vice-presidente da Reserva Federal dos EUA, Michelle Bowman, revelou que o banco central americano está a preparar um conjunto de regras para aligeirar as exigências de capital às instituições de crédito do país. Segundo a vice-presidente, a reunião que vai acontecer nesta quarta-feira é apenas o início de várias reformas.
Citada pela Agência Reuters, Bowman garante que estas alterações têm como objetivo rever requisitos de capital distorcidos. O regulador pretende tornar estes requisitos mais leves, o que pode incluir alterações a sobretaxas aplicadas a grandes bancos globais e requisitos que se deviam aplicar a bancos regionais maiores.
“Esta proposta é um primeiro passo para o que eu vejo como um follow-up atrasado da revisão e reforma do que considero serem requisitos de capital que se distorceram”, acredita a vice-presidente. “É necessário continuar a trabalhar nos requisitos de capital, especialmente para analisar a forma como evoluíram e se as mudanças nas condições de mercado revelaram questões que devem ser abordadas”, acrescenta.
A Reserva Federal reúne nesta quarta-feira para aprovar um conjunto de regras para alterar os requisitos de alavancagem dos bancos, que os obrigam a ter capital em reserva consoante os seus ativos, independentemente do risco. O setor tem argumentado que estas regras o inibem de intermediar mercados do tesouro e que o que era suposto ser um apoio se tornou um constrangimento à atividade de algumas empresas.
No que diz respeito a outras revisões regulatórias, Michelle Bowman abriu a porta à indexação de certos requisitos à economia global. Desta forma, pretende-se que os bancos crescessem a par da economia, não correndo o risco de se depararem com mais requisitos regulatórios, que tem sido uma queixa frequente na indústria bancária.
Contudo, a vice-presidente alerta que reformas ao sistema regulatório não têm como intenção menorizar a importância de capital robusto para assegurar que o sistema aguenta choques.
“Embora as questões relacionadas com a utilização de rácios de alavancagem exijam uma análise atenta, uma base sólida de capital no sistema bancário é fundamental para apoiar a segurança e a solidez e a estabilidade financeira”, reiterou Bowman, acrescentando que os próximos ajustamentos de alavancagem “não devem ser interpretados como uma crítica ao papel do capital num quadro regulamentar e de supervisão sólido”.
Mais recentes
- Supervisor financeiro alemão aposta na inovação com olhos na computação quântica
- Bloco apresenta projeto de lei para reforçar proteção de aforradores e investidores não qualificados
- Philip R. Lane reconhece potencial para utilização de ‘stablecoins’ nos pagamentos transfronteiriços
- CaixaBank desenvolve agente de IA para ajudar clientes a explorar produtos na app
- José Matos Passos na mesa da Assembleia Geral da Caixa Geral de Depósitos
- Trump chama “bébé” ao presidente da Reserva Federal