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Volatilidade deve trazer mais receitas dos mercados aos grandes bancos nos próximos trimestres
A volatilidade global e a administração Trump continuam a aumentar receitas em mercados de capitais, com um crescimento de 15% no European Peer Group. Banca de investimento em alta nos EUA.
03 Jun 2025 - 16:48
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Foto: freepik
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A Morningstar DBRS prevê que a volatilidade e instabilidade geradas pela geopolítica mundial e pela administração Trump continuem a contribuir para maiores receitas vindas de mercados de capitais nos próximos trimestres, tal como sucedeu no que terminou em março. Estas receitas subiram 15% em termos anuais e ascenderam a 13,31 mil milhões de euros nos primeiros três meses do ano no European Peer Group – composto pelo Deutsche Bank, BNP Paribas, Barclays, UBS e HSBC.
Estes resultados tiveram na sua origem um aumento de receitas em ‘sales and trading’ (S&T), que compensaram um resultado mais fraco na área de ‘advisory’. Os analistas da DBRS estimam que esta quebra nas receitas de ‘advisory’ podem indicar uma redução de operações, ou pelo menos adiamento, até que haja “maior claridade” sobre o “ambiente económico global”.
As receitas fixas de S&T cresceram 19% em termos homólogos, o que, de acordo com a DBRS, é fruto de mais atividade por parte dos clientes, impulsionados pela volatilidade causada pela administração dos EUA e o anúncio das tarifas ao México e Canadá. Houve um aumento nas receitas provenientes de receitas fixas e ‘equities’ em todos os bancos – exceto no HSBC, que não especifica a origem das receitas de S&T. Estas subiram desde 9% no Deutsche Bank a 36% no UBS.
Na área de receitas fixas de S&T, o UBS apresentou o maior crescimento anual, na ordem dos 27%, seguido pelo Barclays, com 20% e o Deutsche Bank, que reportou um aumento de 13% em dólares e de 17% em euros. O maior banco alemão revelou uma subida em taxas e ‘foreign exchange’. O UBS também atribuiu a maior receita fixa a mais operações de ‘foreign exchange’ na zona das américas e Ásia – Pacífico Já o Barclays destacou o crescimento em taxas, ‘foreign exchange’ e produtos titulados. Em ‘equity’ S&T, o BNP Paribas conseguiu um incremento de 39% enquanto o UBS aumentou 33%.
Na parte de subscrição houve um decréscimo de 14% – excluindo o HSBC e BNP Paribas, que não divulgam receitas nesta área – face ao mesmo período do ano anterior. Tanto o UBS como o Deutsche Bank tiveram uma descida neste campo, com o Barclay a crescer pouco, não compensando os restantes. Contudo, a DBRS sublinha que o segundo trimestre deve definir o trajeto para o resto do ano na área das subscrições.
No que toca à banca de investimento, a DBRS destaca que os maiores bancos americanos tiveram um crescimento mais acentuado, também fruto da diminuição das receitas de subscrição nos pares europeus. No entanto, a agência de notação sublinha que todos beneficiaram do clima de incerteza e volatilidade.
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