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40 anos da APB: “Libertem os empresários das cargas e o investimento cresce”

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Durante a conferência dos 40 anos da Associação Portuguesa de Bancos, CEO discutem a competitividade dos bancos. Lucros recentes podem compensar perdas passadas. Há reforço na necessidade de inovação e regulação das fintechs.

17 Out 2024 - 18:54

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Foto: Miguel Baltazar

Foto: Miguel Baltazar

Nem só de académicos se faz uma discussão e, por isso, o segundo painel da Conferência comemorativa dos 40 anos da Associação Portuguesa de Bancos – depois de uma conversa inicial entre professores universitários – trouxe a visão dos CEO sobre a banca. A sessão contou com Paulo Macedo, da Caixa Geral de Depósitos, Miguel Maya, do Millennium BCP, Pedro Castro e Almeida, do Santander Portugal, Mark Bourke, do Novo Banco, e João Oliveira e Costa, do BPI.

Competitividade

Os lucros dos bancos nos últimos anos foram alvo de comentário por parte de todos. Paulo Macedo abriu o debate e confirmou que foi um ano bom para a banca, mas que não se pode ignorar o que está para trás. “Se olharmos para os últimos 15 anos, a rentabilidade, em média, rondou os 2% ou 3%”, lembra. Ou seja, explica que os lucros recentes estão a pagar o que não foi pago em cerca de década e meia. E acrescenta que, no caso da CGD, não conta com a repetição de resultados tão positivos em 2025.

Miguel Maya vai ao encontro desta opinião e diz que o ROI nos últimos anos tem sido inferior a 11% no BCP. Confirma que as taxas de juro recentes ajudaram na rentabilidade, mas não são o mais importante. Realça, por outro lado, o esforço de mais de uma década na digitalização da banca e na inovação.

Ainda sobre a fiscalidade, o presidente do Millennium BCP relembra a medida inscrita na proposta do Orçamento do Estado para 2025 de baixar o IRC em 1 ponto percentual. Para o mesmo, a medida não é suficiente pois mantêm-se outros impostos e taxas, como a contribuição extraordinária sobre a banca. “Libertem os empresários das cargas e o investimento cresce”, desafia Miguel Maya, que critica uma “agenda política” que atua “sem base económica”.

Pedro Castro e Almeida, por sua vez, aponta mesmo para “falta de vontade política” e reforça a necessidade de “simplificar”. Em tom de ironia, refere até que, atualmente, a Europa se tornou num museu e não numa referência para investidores.

Rentabilidade e inovação de mão dada na última década

A inovação tecnológica traz mais uma vez à tona a questão da regulação. Paulo Macedo sublinha que a banca presta hoje mais serviços, de forma mais cómoda e rápida, com menos pessoas e agências.  Este propósito, João Oliveira e Costa considera “interessante” que os reguladores gostem de operadores não regulados. Miguel Maya, por sua vez, acrescenta que este é um dos desafios que se impõe. Apesar de considerar as fintech “ótimas” porque “tiram conforto”, é preciso que sejam reguladas tal como os bancos. Mark Bourke concorda com isto e vai mais longe ao afirmar que as fintech inovam mais e melhor do que os bancos.

Um futuro otimista

No que ao futuro da banca diz respeito, o consenso foi claro. Mark Bourke destaca que, face ao cenário global atual, Portugal está numa boa posição. Pedro Castro e Almeida recorda a redução da dívida pública e que, no seu estado atual, é de um país sustentável e que compara muito pela positiva com outras referencias da europa. Paulo Macedo realça a envolvente macroeconómica positiva e o emprego sustentável. João Oliveira e Costa remata que este é um “momento de ouro para dar o salto” e acredita que “os bancos são parte da solução”.

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