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BCE à beira da maior renovação de liderança desde 2019
A substituição de quase um terço dos decisores de política monetária poderá aumentar a incerteza quanto à futura trajetória das taxas de juro e às políticas para enfrentar as possíveis tarifas comerciais impostas pelos EUA.
07 Fev 2025 - 14:22
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Christine Lagarde e Luis de Guindos, presidente e vice-presidente do BCE, respetivamente. | Foto: BCE/ Andrej Hanzekovic
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Christine Lagarde e Luis de Guindos, presidente e vice-presidente do BCE, respetivamente. | Foto: BCE/ Andrej Hanzekovic
O Banco Central Europeu (BCE) prepara-se para a sua maior renovação de pessoal desde 2019, com os mandatos de sete dos seus 26 formuladores de política monetária a chegarem ao fim em dezembro, avança a Bloomberg.
Estas mudanças podem alterar o equilíbrio interno da instituição e influenciar a trajetória da política de taxas de juro.
Entre os que deixarão o cargo está Klaas Knot, dos Países Baixos, um dos membros mais experientes do Conselho do BCE, assim como Robert Holzmann, da Áustria, ambos conhecidos por terem uma posição mais rígida no controlo da inflação.
Segundo a Bloomberg, as suas substituições poderão afetar o equilíbrio entre os chamados ‘falcões’, que defendem uma política monetária mais restritiva, e as ‘pombas’, que tendem a apoiar uma abordagem mais branda.
Esta renovação surge num momento crítico para a economia da zona euro, que enfrenta desafios como a possível imposição de tarifas comerciais pelos Estados Unidos e uma inflação ainda elevada.
Segundo analistas ouvidos pela publicação financeira, a chegada de novos membros ao Conselho do BCE pode tornar mais difícil antecipar as decisões da instituição.
Embora a presidente Christine Lagarde e o Conselho Executivo permaneçam em funções, a substituição de quase um terço dos decisores de política monetária poderá aumentar a incerteza quanto à futura trajetória das taxas de juro, levando os mercados a adotarem uma postura mais cautelosa.
Além disso, o BCE poderá enfrentar novas pressões políticas, uma vez que alguns dos novos membros poderão ter ligações mais estreitas com os governos nacionais.
Esta transição antecipa ainda uma mudança mais profunda nos próximos anos. Em 2026 e 2027, expiram os mandatos de figuras-chave como a própria Lagarde, o vice-presidente Luis de Guindos, o economista-chefe Philip Lane e a influente Isabel Schnabel, o que poderá transformar significativamente a condução da política monetária europeia.
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