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BNP Paribas adapta foco das finanças sustentáveis para serem mais rentáveis

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A diretora de sustentabilidade, Constance Chalchat, destaca que o banco quer equilibrar lucros com investimentos que beneficiem o ambiente. A abordagem inclui adaptação e descarbonização de setores específicos.

27 Jan 2025 - 16:38

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Foto: BNP Paribas

Foto: BNP Paribas

O BNP Paribas é o mais recente banco a seguir a tendência de reconsideração das práticas ESG (sigla para ambiental, social e governação). O banco está a repensar as finanças sustentáveis para se focar em operações mais rentáveis e em redefinir o que considera sustentável, segundo divulga a agência Reuters.

A diretora de Sustentabilidade da Divisão de ‘Corporate and Institutional Banking’, Constance Chalchat, explica que esta mudança visa garantir que as finanças sustentáveis não têm como custo a rentabilidade da empresa. A Reuters aponta que, após um entusiasmo inicial com investimento em ESG, os retornos insuficientes têm levado a uma reconsideração.

Constance Chalchat reforçou que o BNP Paribas pretende manter o investimento ligado a um futuro sustentável e a empresas e sociedades que se adaptam às alterações climáticas, mas precisa de garantir os retornos dos investidores.

A agência de notícias recorda também que o regresso de Trump à Casa Branca, apesar de ter apenas uma semana, já teve impacto neste campo, com medidas que contrariam políticas ESG, tal como a diversidade. Alguns grandes bancos estão a reavaliar a sua abordagem às finanças climáticas devido à pressão política – em especial por parte de grupos conservadores nos EUA – e a necessidade de segurança energética, tendo em conta a invasão da Ucrânia.

Apesar disto, o BNP Paribas mantém-se na aliança climática bancária que vários bancos globais têm vindo a abandonar nas últimas semanas, o que está a criar preocupações em vários quandrantes.

Olhando para o caminho do banco francês na área da sustentabilidade, o BNP Paribas tem tentado convergir com os objetivos do Acordo de Paris. No ano passado, anunciou que ia deixar de fazer transações de obrigações no setor do petróleo e gás.

Daqui em diante, Chalchat revelou que a Divisão de Corporate and Institutional Banking se vai focar em quatro áreas: adaptação, transição, conservação e resiliência societal. A par disto, vai apoiar empresas e promover oportunidades de investimento onde veja crescimento financeiro futuro e contribuições positivas para o planeta e a sociedade, acrescentou.

Apontam também para o alargamento da definição de sustentabilidade, tentando englobar esforços para descarbonizar setores com altas emissões, como cimento e metal. Isto traduz-se num investimento maior em áreas como a água, agro-negócio e finanças adaptadas, negando a exclusão de indústrias inteiras.

A diretora de Sustentabilidade adianta ainda que um inquérito feito no ano passado aos investidores mostrou que mais de metade espera maior foco em temáticas, como água, energias renováveis, saúde e bem-estar.

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