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Maria Luís Albuquerque quer estancar perda de investimento para os EUA
Comissária destacou, mais uma vez, a necessidade de criar um mercado único de serviços financeiros na UE e aumentar a alocação de poupanças. Defendeu a harmonização da regulamentação e a redução de barreiras a investimentos.
07 Jan 2025 - 17:45
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Maria Luís Albuquerque | Foto: LinkedIn
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Maria Luís Albuquerque | Foto: LinkedIn
Maria Luís Albuquerque participou no Seminário Diplomático, em Lisboa, naquela que foi a sua primeira intervenção pública desde que tomou posse como comissária europeia, com a pasta dos Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento. A antiga ministra das finanças reiterou que, durante os cinco anos de mandato, quer trabalhar para criar um mercado único de serviços financeiros e promover uma melhor alocação de recursos financeiros privados na União Europeia (UE) com vista a reforçar a competitividade europeia.
A comissária europeia disse que se estima que o valor de poupanças europeias desviadas para os Estados Unidos é na ordem de 300 mil milhões de euros, pelo que se esse valor ficasse na UE seria um impulso à competitividade comunitária.
“O objetivo é que diminuam os casos em que os recursos europeus vão financiar boas ideias surgidas na Europa, mas em que o mercado que permite que as duas partes se encontrem de forma eficaz e eficiente está nos Estados Unidos”, afirmou.
Citou um estudo recente do Fundo Monetário Internacional (FMI) segundo o qual a fragmentação dos mercados financeiros tem um impacto na UE semelhante a uma guerra comercial com os Estados Unidos.
Maria Luís Albuquerque considerou ainda que o reforço dos mercados financeiros é importante para as poupanças dos particulares. Considerando que nos “depósitos bancários a rentabilidade não permite garantir isso [uma vida financeira segura em idade avançada]”, defendeu que é preciso “dar opções de investimento”.
A comissária portuguesa realçou que no seu mandato quer reforçar o investimento privado na União Europeia e defendeu que mais investimento nas empresas, em vez de em ativos imobiliários, permitirá reduzir os preços da habitação.
“Se nós conseguirmos desviar significativamente mais recursos para o capital das empresas, vamos também reduzir os investimentos, por exemplo, no setor imobiliário, que também contribui para a pressão dos preços da habitação”, disse.
Albuquerque acrescentou que vai dar prioridade à harmonização da regulamentação financeira (referiu que não há uma definição de acionista comum aos 27 Estados-membros) e à redução das barreiras aos investimentos e serviços transfronteiriços.
No seminário diplomático houve lugar a perguntas, tendo sido uma da embaixadora Ana Gomes, que questionou sobre a desigualdade fiscal dentro da UE.
Maria Luís Albuquerque disse que a matéria fiscal não é sua responsabilidade e é uma discussão difícil na UE porque é uma competência vista como soberania de cada Estado-membro. Ainda assim, considerou que “haver esforço para maior harmonização fiscal, no caso do tratamento dado a investimentos transfronteiriços, será um importante contributo para a União de Poupanças e Investimento”.
Agência Lusa
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