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Morgan Stanley abandona coligação climática do setor
São já cinco os grandes bancos dos EUA a deixar, nas últimas semanas, a coligação que visa alinhar os investimentos bancários com os esforços globais para combater as alterações climáticas.
03 Jan 2025 - 09:50
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Foto: Unsplash/Sven Piper
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Foto: Unsplash/Sven Piper
O Morgan Stanley anunciou a sua saída da Net-Zero Banking Alliance (NZBA), a coligação setorial que visa alinhar os investimentos bancários com os esforços globais para combater as alterações climáticas.
À semelhança dos bancos americanos que nas últimas semanas tomaram a mesma decisão, também o Morgan Stanley não deu qualquer razão para a sua decisão, segundo um comunicado ao qual a Reuters teve acesso.
Com a saída deste banco, anunciado nesta quinta-feira, são já cinco os grandes bancos dos EUA a deixar a NZBA, nomeadamente, o Goldman Sachs, o Wells Fargo, ambos em dezembro, e o Citigroup, o Bank of America e agora o Morgan Stanley, em janeiro.
Estas saídas dos bancos americanos acontecem por pressão política dos Republicanos e após a vitória de Donald Trump, que vai regressar à Casa Branca para um segundo mandato. Na sua perspetiva, os compromissos climáticos dos bancos podem pôr em causa as economias locais, sobretudo aquelas mais dependentes de combustíveis fosseis.
Alguns estados norte-americanos, como o Texas e a Flórida, têm inclusive leis que punem instituições financeiras que adotam políticas contra o financiamento de atividades baseadas em combustíveis fósseis.
O Jornal PT50 consultou a lista de bancos dos EUA aderentes e, à data desta sexta-feira, apenas quatro bancos americanos se mantém nesta aliança, com apenas um grande banco ainda membro, nomeadamente o JPMorgan Chase.
A NZBA mantém no seu site que tem 142 membros a nível mundial. “O número de membros da NZBA mais do que triplicou desde o lançamento da Aliança em abril de 2021 e está aberto a todos os bancos em todo o mundo”, refere a organização promovida pelas Nações Unidas.
Os bancos que aderem à NZBA concordam em alinhar-se com o objetivo mundial de atingir emissões líquidas zero até 2050, estabelecer metas para chegar lá e publicar o progresso dos seus esforços todos os anos.
A NZBA diz que “os membros estão a fazer progressos importantes. Em abril de 2021, quando a NZBA foi lançada, nenhum banco havia estabelecido uma meta setorial de 2030 com base científica para suas emissões financiadas usando cenários de 1,5°C. Hoje, bem mais de 100 bancos NZBA estabeleceram tais metas”.
De salientar que a Caixa Geral de Depósitos e o Crédito Agrícola são os dois únicos bancos de Portugal listados Net-Zero Banking Alliance.
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