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Êxodo de bancos americanos de aliança climática preocupa ambientalistas

Nas últimas semanas, cinco grandes bancos dos EUA abandonaram a coligação que visa alinhar os investimentos bancários com os esforços globais para combater as alterações climáticas.

06 Jan 2025 - 09:52

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A saída de cinco grandes bancos norte-americanos da Net-Zero Banking Alliance (NZBA) nas últimas semanas está a preocupar os defensores do clima, que receiam que o setor bancário esteja a perder determinação para tormar medidas que levem à redução de combustíveis fósseis.

Recorde-se que em dezembro o Goldman Sachs e o Wells Fargo anunciaram a saída desta coligação setorial, que visa alinhar os investimentos bancários com os esforços globais para combater as alterações climáticas. E já em janeiro o mesmo fizeram o Citigroup, o Bank of America e o Morgan Stanley. As razões prendem-se com pressões políticas dos Republicanos e após a vitória de Donald Trump para um segundo mandato na Casa Branca. Na sua perspetiva, os compromissos climáticos dos bancos podem pôr em causa as economias locais, sobretudo aquelas mais dependentes de combustíveis fosseis.

Os bancos que abandonaram o grupo podem agora reduzir os seus compromissos em matéria de políticas favoráveis ao clima, afirmou Patrick McCully, analista sénior para a transição energética da Reclaim Finance, à Reuters. “O principal aspeto a observar será o enfraquecimento dos seus objetivos e políticas existentes”, afirmou McCully, referindo que alguns bancos tinham objetivos ambiciosos de redução das emissões. No entanto, o analista não espera que os bancos anunciem publicamente tais mudanças.

Por sua vez, Jeanne Martin, diretora do programa bancário do grupo de defesa ShareAction, afirmou à agência noticiosa que os bancos que saíram estão a enviar um sinal ao mercado de que as alterações climáticas se tornaram ainda menos prioritárias nas suas estratégias. “Isto é preocupante quando se trata de alguns dos maiores financiadores de combustíveis fósseis do mundo”, afirmou.

Um porta-voz do JPMorgan, o último grande banco norte-americano ainda a fazer parte da aliança, disse que avalia regularmente a sua participação em grupos do género, sem comentar se planeia juntar-se ao êxodo geral de bancos nos EUA. Os restantes membros americanos desta aliança climática são mais pequenos, nomeadamente o Amalgamated Bank, o Areti Bank e o Climate First Bank.

Embora nenhum dos bancos o tenha citado, o grande fator a pesar sobre estas saídas é a pressão e reações adversas contra investimentos que tenha em conta critérios ambientais, sociais e de governação (ESG, na sigla em inglês). Esta pressão intensificou-se após a vitória dos Republicanos nas eleições americanas de novembro.

Após a saída em massa destes bancos, a NZBA ainda tem 142 membros de 44 países, com 80 bancos europeus a representarem a maior parte do valor. Entre os bancos que permanecem na coligação estão o HSBC, o Barclays e o BNP Paribas.

De salientar que a Caixa Geral de Depósitos e o Crédito Agrícola são os dois únicos bancos de Portugal listados Net-Zero Banking Alliance.

 

 

 

 

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