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CEO do Bankinter: “Portugal e Irlanda deverão gerar 20% das receitas”
Gloria Ortiz, que chegou à liderança do banco em março passado, acredita que uma rentabilidade global de 15% permitirá ao Bankinter entrar noutros países europeus. O banco está de olho em novas oportunidades.
16 Dez 2024 - 11:11
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Foto: Bankinter
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Foto: Bankinter
Portugal e Irlanda representam 15% do rendimento total do Bankinter, mas a ambição é que venham a representar 20% das receitas dentro de três a cinco anos, estima Gloria Ortiz, CEO do Bankinter, numa entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal espanhol El Economista. “Acho que deveríamos chegar a 20% em três a cinco anos, sem dúvida. E, por que não? No longo prazo, aumentar até 30%, sem abrir mão de nada da agenda”, declarou Ortiz.
E acrescentou que o banco está de olho em novas oportunidades: “Entrámos em Portugal numa altura em que vimos que havia uma disrupção competitiva e vimos uma oportunidade de entrada. Exatamente a mesma coisa aconteceu na Irlanda. Se na zona euro ou na Europa fora da zona euro virmos oportunidades, ou seja, mercados onde acreditamos que podemos contribuir e crescer com rentabilidade, aproveitaremos a oportunidade”.
Gloria Ortiz, que chegou à liderança do banco em março passado, diz estar mais concentrada em oportunidades na zona euro pela facilidade da legislação partilhada, pela utilização da mesma moeda e por o regulador e o supervisor serem os mesmos, referindo estar “num terreno que conhecemos”. Porém, na entrevista não descarta a possível aquisição de bancos fora desta região. “Os países europeus fora da zona euro poderiam ser uma segunda opção, dependendo da legislação e da oportunidade. Não há nada na agenda e não estou de olho em nenhum deles. Acompanhamos continuamente, mas por enquanto temos o suficiente para fazer e podemos ficar tranquilos por alguns meses”, referiu.
Questionada sobre aquisições para ganhar escala nos países onde o banco já está presente, Gloria Ortiz descarta a hipótese, referindo que a estratégia do banco “é orgânica”, explicando que “crescemos inorganicamente onde não temos capacidade para fazê-lo organicamente, porque o processo de nos estabelecermos do zero é muito longo e muito difícil”.
Na Irlanda, o Bankinter vai passar de instituição financeira a banco, algo que a CEO diz querer fazer semelhante ao que foi feito em Portugal. “A ideia é fazer com o Bankinter na Irlanda o que fizemos em Portugal, só que lá [em POrtugal] comprámos um banco inteiro com capacidades em praticamente todos os segmentos. Na Irlanda, partimos de uma oferta simples e vamos acrescentando camadas com a ambição de ter um banco completo. Começaremos pelos depósitos devido à sua menor complexidade e acredito que poderemos oferecer os primeiros neste verão, e depois, até ao final de 2025, contas à ordem, que são o núcleo de qualquer banco”, explicou.
A partir daqui, acrescentou, a CEO pretende completar a proposta de valor do banco com gestão de ativos, ‘private banking’, ‘business banking’, etc.
Segundo o jornal espanhol, em apenas nove meses, a CEO já deu provas de uma liderança dinâmica, adotando várias decisões importantes, como a integração do EVO Banco e a conversão da instituição financeira irlandesa em banco para prestar um serviço universal.
Ortiz chegou ao Bankinter em 2001, tendo desempenhado responsabilidades em quase todas as áreas. Assumiu o cargo de CEO num momento alto com resultados a atingir máximos, mas terá de lidar com o cenário da queda das taxas. Ainda assim, Ortiz acredita que uma rentabilidade global de 15% será o terreno necessário para o Bankinter crescer e ter disponibilidade para entrar em novos mercados.
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