O Deutsche Bank apresentou nesta quinta-feira um lucro líquido de 3,5 mil milhões de euros, uma redução em relação aos 4,9 mil milhões de euros de 2023. Esta quebra refletiu os custos relacionados com os acordos sobre litígios em 2024, bem como a não recorrência de mil milhões de euros em ajustes de avaliação de DTA que impactaram positivamente 2023. Os resultados antes de impostos foram de 5,3 milhões de euros, menos 7% que em 2023.

As receitas cresceram 4% em relação ao ano anterior, atingindo 30,1 mil milhões de euros, em linha com as projeções. As despesas foram de 23 mil milhões de euros, um aumento de 6% que incluiu 1,7 mil milhões de euros relacionados com acordos sobre litígios, nomeadamente aqueles referentes à aquisição do Postbank AG. Sem estes ajustes, o lucro antes de impostos seria de 7 mil milhões de euros. O lucro antes de impostos do quarto trimestre foi de 583 milhões de euros, queda de 17% em relação ao mesmo período de 2023, que se tinha cifrado num lucro líquido de 337 milhões de euros.

O RoTE (‘return-on-tangible equity’) foi de 4,7% em 2024, comparado com 7,4% em 2023. O ‘cost-to-income’ foi de 76%, comparado a 75% em 2023.

O Deutsche Bank reafirmou a sua meta de RoTE acima de 10% para 2025 e sua meta de receita de cerca de 32 mil milhões de euros. O banco espera que as provisões para perdas de crédito moderem em relação aos níveis de 2024 e planeia reduzir as despesas correntes.

O banco anunciou planos para 2,1 mil milhões de euros em distribuições adicionais de capital aos acionistas em 2025, incluindo recompras de ações de 750 milhões de euros autorizadas para 2025 e uma proposta de dividendos de 1,3 mil milhões de euros para 2024, ou 0,68 euros por ação, um aumento de 50% em relação a 2023. Estas medidas aumentariam a distribuição de capital cumulativas aos acionistas para 5,4 mil milhões de euros desde 2022, superando a meta de 5 mil milhões de euros do programa de transformação do banco lançado em 2019. Para mais informações ver aqui.